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A CULTURA NORDESTINA SENDO ESQUECIDA

 CULTURA

VAMOS VALORIZAR O QUE É  NOSSO! O Forró

Por Roberval Barreto

23 DE JUNHO DE 2025 | Atualizado em 23/06/2025 ás 17:40

Quem é Roberval Barreto?

Antonio Roberval Guimaraes Barreto, de nome artístico de Roberval Barreto, é um talentoso ator, diretor teatral, poeta, e cantador, residente em Feira de Santana, Bahia. Com uma carreira cultural que se estende desde 1986, Roberval Barreto tem se destacado nas artes cênicas e na música, deixando uma marca significativa na cultura local e além.


Não é o NORDESTE que está jogando fora o FORRÓ TRADICIONAL. Ao contrário, o NORDESTE, há muito tempo, mesmo antes da morte de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, chora, sofre muito, principalmente, pela ação de "maus nordestinos", Prefeitos, Secretários de Cultura em estarem promovendo esta crescente descaracterização da nossa Cultura, particularmente, o forró, que é a nossa música nordestina.

A maior e concreta prova deste descompromisso com a música nordestina, é a contratação de artistas que não são do gênero do forró. Verificamos nos festejos juninos, artistas que cantam Axé, Sertanejo, Arrocha, Pagode, Samba, Pop, Gospel, Rock, Calypso, Eletrônica, Brega etc.

O que outrora fora o "sucesso" do São João, o forró, por exemplo, hoje tem sido relegado a um plano secundário. No mês junino, mês das quadrilhas de São João, o que vemos é o retrato fiel do descompromisso com as nossas raízes nordestinas. Muitas Pessoas, que vão à festas juninas para ouvir um gostoso e autêntico Forró, já não mais se surpreendem com o que lá encontram: estilos musicais arredios, alheios, que não têm nada a ver com a maior e mais importante festa do NORDESTE: O SÃO JOÃO.

A responsabilidade e/ou culpa não é dos NORDESTINOS, e, sim, dos contratantes, Prefeitos e Secretários de Cultura dos Municípios, que possivelmente, não estão nem ai para a nossa Cultura. O desejo maior pode estar associado à mercantilização cultural, no sucesso dos que estão na mídia eletrônica.  

Aqui questionamos a impertinência e a incoerência dos Prefeitos Municipais e Secretários de Cultura, com os festejos tradicionais juninos. Sem falar nos grandes prejuízos que os forrozeiros, que passam todo o resto do ano sem ganhar dinheiro, mas ensaiando e aguardando o São João chegar, para ganhar um cachê irrisório, sem a valorização do artista local. Só que, ao chegar a festa maior, a concorrência é muitíssimo desleal. 

Não concorremos com forrozeiros, concorremos com não forrozeiros. Isto já é histórico e não vemos nenhum movimento maior, a nível de NORDESTE, no sentido de buscar uma solução definitiva para o problema. E aí, vai se tornar normal a descaracterização das festas juninas? 

Fica a indagação.

Roberval Barreto 23. 06. 2025

                                                 


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