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O DESAFIO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS

 SAÚDE

16 DE AGOSTO DE 2025 | 16/08/2025 ÁS 13:58


O Programa Mais Médicos, lançado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff, foi uma iniciativa do governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de atendimento médico na atenção básica em áreas carentes do Brasil. O programa visava suprir a falta de médicos em municípios do interior, periferias e regiões remotas do país, onde a população tinha dificuldade de acesso à saúde.



Contexto e objetivos:

  • O Brasil enfrentava uma grave desigualdade na distribuição de médicos, com alta concentração nas grandes cidades e regiões mais desenvolvidas, enquanto áreas rurais e periferias sofriam com a falta de profissionais. 
  • O programa buscava resolver essa disparidade, levando médicos para onde a população mais precisava, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
  • O Mais Médicos integrou ações do governo federal com estados e municípios, fortalecendo a Estratégia Saúde da Família (ESF), que é a porta de entrada principal do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Funcionamento:

  • O programa abriu vagas para médicos brasileiros e estrangeiros, com prioridade para os profissionais formados no Brasil. 
  • Quando as vagas não eram preenchidas por médicos brasileiros, eram abertas para estrangeiros, incluindo médicos cubanos através de acordos internacionais. 
  • Os médicos participantes recebiam bolsas e tinham direito a benefícios como licença-maternidade e formação em Medicina de Família e Comunidade. 
  • O programa também incentivava a formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade, com cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação. 

Resultados e impacto:

  • O programa teve um impacto significativo na redução das desigualdades no acesso à saúde e na melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros. 
  • Estudos mostraram que o programa contribuiu para a redução de internações desnecessárias e para o controle de custos na saúde. 
  • A população atendida pelo Mais Médicos aprovou a atuação dos médicos, elogiando o atendimento humanizado e o vínculo estabelecido com as comunidades. 
  • Em 2023, o programa foi retomado e expandido, com mais vagas e maior abrangência, incluindo a saúde indígena e prisional. 
  • O programa enfrentou críticas e desafios, como a questão da remuneração dos médicos cubanos e a necessidade de garantir a qualidade da formação dos profissionais estrangeiros. 

Avanços e desafios:

  • O Mais Médicos impulsionou o debate sobre a necessidade de políticas de atração e fixação de profissionais de saúde em regiões com menor oferta. 
  • A formação de médicos em Medicina de Família e Comunidade é um dos avanços do programa, buscando garantir um atendimento mais integral e próximo das pessoas. 
  • A continuidade do programa e a sua adaptação às necessidades de cada região são desafios importantes para garantir o acesso universal à saúde no Brasil. 

Postagens da Dª Nisia Trindade Sanitarista, socióloga e professora. Ministra da Saúde do Brasil de 2023 a 2025 e Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 2017 a 2022.

Médicos cubanos deram grande contribuição ao Mais Médicos, não só atendendo milhões de pessoas entre 2013 e 2018 onde não havia médicos brasileiros, mas também no exemplo de um atendimento humanizado, com forte vínculo comunitário, valores que guiam até hoje o programa.

Na sanção do Mais Médicos como lei, em 2023, mostrei a foto de Dona Zefa, parteira do sertão sergipano, abraçando o Dr Sael Caballero, em 2016. O médico, cubano, foi duramente hostilizado à época da foto, quando o que fazia era levar assistência a uma população abandonada. 



Se desde 2023 dobramos o programa, de 13 mil para 26 mil médicos, incentivando a formação de médicos brasileiros, foi graças aos aprendizados dessa fase. Entre 2013-2017, a Saúde da Família se expandiu para mais 26 milhões de brasileiros.

Reduziu-se o número de municípios sem médicos (de 1.200 para 777) e diminuíram-se em 15% internações evitáveis, como por gastroenterite e asma. 95% dos usuários ficaram satisfeitos com o atendimento e o recomendariam a uma pessoa da família.

No abraço de Dona Zefa e Dr. Sael, estão os melhores valores da medicina. Repudio as sanções que atacam, de forma arbitrária, não somente gestores competentes, como Mozart Sales e Alberto Kleiman, mas a solidariedade entre os povos e a cooperação em saúde
 





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