MANIFESTAÇÕES NO BRASIL EM PRÓ DA VACINA E COMIDA
Protestos contra Bolsonaro e por vacina ocorrem no
Brasil e no exterior
Passeatas acontecem em várias capitais. Atos são registrados em todas as regiões do país. PM atira balas de borracha e gás lacrimogêneo em manifestantes no Recife.
Cidades de todas as regiões brasileiras registraram neste
sábado (29/05) protestos contra o presidente Jair Bolsonaro e a favor de causas
como a aceleração do ritmo da vacinação, defesa do auxílio emergencial e
valorização da educação e da saúde no país. Até o final da manhã, manifestações
ocorriam em 13 capitais e no Distrito Federal.
Também houve atos no exterior, em capitais europeias como
Berlim, Londres, Paris, Lisboa e Bruxelas.
As manifestações foram convocadas por grupos de esquerda, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo e o Povo na Rua. Os organizadores anunciaram que atos respeitariam o distanciamento e medidas sanitárias para evitar disseminação da covid-19.
No Recife, membros da Polícia Militar atiraram balas de borracha e gás lacrimogênio contra os ativistas.Agressão a vereadora
Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram
atiradas contra os ativistas. Vídeos mostram pessoas correndo após a chegada
dos PMs e as bombas de gás sendo jogadas.
A vereadora do Recife Liana Cirne (PT), que participava
do ato, divulgou nas redes sociais um vídeo que seria do momento em que foi
atingida por spray de pimenta disparado por policiais.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse em
vídeo que repudia "todo ato de violência de qualquer ordem ou origem"
e que determinou "a imediata apuração de responsabilidades",
além do afastamento do comandante da operação e dos envolvidos na agressão à
vereadora, enquanto durarem as investigações.
Em Belo Horizonte, por volta das 9h, os manifestantes se
concentraram na Praça da Liberdade e uma hora depois cerca de 5 mil pessoas, de
acordo com a PM, caminharam em direção à Praça Sete. Conforme informações do
portal UOL, o distanciamento social não foi respeitado.
São Paulo
Na capital paulista, os manifestantes bloquearam os dois
sentidos da Avenida Paulista, do Masp até a Rua Augusta. Apesar da distribuição
de máscaras e orientações para distanciamento social por parte dos
organizadores, foram registradas aglomerações.
As organizações estudantis UNE,
UBES e UJS e a frente Povo Sem Medo levaram carros de som. Também havia
representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e partidos de
esquerda, como PT, PCB, PSOL, PC do B e PCB.
Rio e Salvador
No Rio de Janeiro, duas pistas da avenida Presidente
Vargas, no centro da cidade, foram bloqueadas para o ato, que reuniu milhares
de manifestantes. A concentração inicial foi na estátua do Zumbi de Palmares,
na Praça Mauá. De lá, a passeata seguiu em direção à Candelária.
Entre gritos de ordem contra o governo Bolsonaro,
críticas à política de imunização contra a covid-19 e exigências de vacinas, os
manifestantes entraram pela Avenida Passos, passaram pela Praça Tiradentes e
Rua da Carioca, voltando a se concentrar no Largo da Carioca. Depois, a marcha
seguiu pela Avenida Rio Branco, indo até a Cinelândia.
Quase todos os manifestantes utilizaram máscaras. Também era possível ver pessoas usando e compartilhando álcool em gel. No entanto, a distância de segurança necessária à prevenção do coronavírus não foi respeitada, e ocorreram aglomerações, de acordo com o portal G1.
Em Salvador, a manifestação reuniu centenas no
Largo de Campo Grande. Alguns usaram guarda-chuvas com sílabas da palavra
genocida. Uma grande faixa puxa a caminhada com os dizeres: "vida, pão,
vacina e educação". O corte de verba das universidades federais este ano
também foi lembrado pelos manifestantes.
Em Berlim, grupos se reuniram em frente à embaixada do
Brasil e diante do Portão de Brandemburgo. Em Paris, o protesto
ocorreu na Praça de la République. Em Londres, ativistas promoveram
ato na Russell Square.
Os protestos também repercutiram na imprensa estrangeira,
tendo sido destaque na versão online do jornal britânico The
Guardian. "Dezenas de milhares de brasileiros marcham para
reivindicar o impeachment de Bolsonaro, foi a manchete principal do
site neste sábado. O artigo ressalta que os protestos foram motivados pela
"resposta catastrófica à pandemia" do governo e que foram realizados
"em mais de 200 cidades, configurando "a maior mobilização
anti-Bolsonaro desde o início do surto de covid no Brasil".
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