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MEMÓRIAS FOTOGRAFICAS E HISTÓRICA DE FEIRA DE SANTANA

 CURIOSIDADES

MOMENTOS HISTÓRICOS DE FEIRA DE SANTANA

06.06.2022 ás 00:00h |atualizado em 06.06.2022 00:01h

Dizem que Feira de Santana é uma cidade sem memórias, são 188 anos de emancipação e lembranças. 

Lembranças essas que geralmente não são repassadas para os mais jovens ou até mesmo para os adultos.

São monumentos históricos como casarões antigos, estátuas, e coretos existentes na cidade. E que foram guardados na memória fotográfica daqueles homens que empunhavam uma máquina fotográfica de filme, usavam na época somente a analógica. 

Foto: Gutemberg Suzarte/ Igreja N.Srª dos Remédios

Para se fazer uma fotografia precisava ser muito bom, pois eles só tinham aquele momento para fazer as imagens. 

Fotógrafos como Antônio Magalhães, Elídio Azevedo, Cordeiro, (falecidos) e tantos outros fotógrafos que faziam as imagens dos monumentos existentes na cidade em preto e branco.

A nossa entrevista de hoje é com o Professor José Ângelo Pinto, fotografo, artista vice-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico de Feira de Santana, que vai nos falar de como, e o porque de preservarmos a história e memória de Feira de Santana em fotografia.

GUTEMBANEWS – Como estão guardadas as memórias fotográficas de Feira de Santana?

JOSÉ ANGELO PINTO – Para que a gente possa entender um pouco do início desse registro, a gente deve destacar que todas essas memórias antigas de Feira de Santana elas foram possíveis por causa dos fotógrafos antigos que existiam na cidade, essas fotografias analógicas, elas eram contratadas por famílias para que tirasse essas fotos e que pudessem guarda-las.

Também por pessoas da cidade que tinham interesses em deixar registrado na sua memória um pouco da história da cidade. E isso veio passando de geração em geração, e essas fotografias hoje se encontram espalhadas nos mais diversos pontos da cidade, a gente as tem na Fundação Sr. Dos Passos, no Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie Poppino, no Arquivo Público Municipal, inclusive tem também o acervo pessoal de Monsenhor Renato  Galvão pároco da Igreja  Matriz de Senhora Santana, e também em mãos de famílias da cidade quem trazem esses acervos dos seus antepassados.

Foto: Gutemberg Suzarte / Prefeitura Municipal

 Essas fotografias podem ser vistas através de diversos livros, publicações feitas sobre a cidade de Feira de Santana antiga a exemplo do professor Raimundo Gama que lançou vários livros de fotografias antigas da cidade, um deles é “Memória Fotográfica de Feira de Santana ”, no qual apresenta fotografias dos lugares de memórias, como as ruas, praças, coretos e tem também o acervo da Universidade Estadual de Feira de Santana, que tem uma grande quantidade de fotografias antigas, no Instituto Rollie Poppino e também na Fundação Sr. dos Passos fotografias que foram doadas por famílias tradicionais da cidade, e devemos destacar que muito dessa história foi registrada al longo do século vinte pelo extinto Jornal Folha do Norte.

 GN – Qual a sua sugestão para que essas fotografias não se percam no tempo e que as próximas gerações fiquem sabendo que existe em Feira de Santana uma memória fotografia histórica de existência?

JAP – Para que essas fotos não se percam no tempo é interessante que elas sejam compartilhadas ou seja, deve ser feito através de publicações de livros, divulgações em redes sociais e até mesmo em exposições, acredito que o poder publico poderia fazer isso dando uma grande visualidade fotográfica em restaurações com foram feitas a alguns anos em Feira de Santana pelo extinto Clube de Fotografia Gerson Bullos que inclusive além de fazer uma belíssima exposição fotográfica no Parque do Saber e na Praça J Pedreira lançou na época um DVD para a população que se chamou “Relíquias fotográficas de Feira de Santana”.

Então esse compartilhamento, essa divulgação é interessante para que ela se perpetue para as futuras gerações, uma lembrete: é importante que a comunidade, que a juventude de nossa terra ela possa se interessar pela história da cidade, e que ela tenha esse pertencimento por Feira de Santana, porque não adianta a gente preservar, não adianta a gente guardar, para que isso não venha ter uma utilidade futura, e para que não sejam guardadas em um deposito, em uma caixa, empoeirada com uma coisa velha que não tenha mais nenhuma utilidade. “A história da nossa terra é importante para cada um de nós tanto para aqueles que visitam e fincaram residências em nossa cidade”.

Assistam a entrevista em:










A história da expansão urbana de Feira, em fotos antigas e textos de vários autores

A história da expansão urbana de Feira de Santana, desde a instalação da Capela de Senhora Santana, na primeira metade do século XIX, até a abertura de novas ruas em meados do século XX, está sendo contada, em linhas gerais, por fotos e textos de diversos autores no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social.

São 125 fotos antigas, algumas datadas da primeira década do século XX, mostrando a formação da cidade tendo como marco zero a Capela de Senhora Santana, e como eixo central as ruas Direita (hoje Conselheiro Franco), a Visconde do Rio Branco (hoje Av. Senhor dos Passos), e entre elas a Rua do Meio (hoje a Marechal Deodoro e a Sales Barbosa). A partir deste núcleo central foram surgindo outras ruas, praças e monumentos arquitetônicos que constituem o centro, hoje totalmente descaracterizado, de Feira de Santana.

Além das fotos, pertencentes a diversos acervos de Feira de Santana, estão sendo publicados 48 textos explicativos ou ilustrativos sobre as imagens mais emblemáticas. São fragmentos extraídos de livros de vários autores, entre eles Eurico Alves Boaventura, Juraci Dórea, Antonio do Lajedinho e Rollie Poppino, considerado, até hoje, o mais importante historiador de Feira de Santana.

Poppino traz detalhes históricos preciosíssimos, ao dizer, por exemplo, que “Depois de 1870, a Câmara fez uma séria tentativa para aprovar leis que forçassem os moradores a adotar um tipo único de arquitetura para os edifícios, ao alinhamento de seus prédios residenciais ou comerciais, a fim de corrigir os defeitos das ruas e a fazer passeios defronte às suas propriedades”. E que “a Câmara empregara todos os meios para forçar os proprietários de terrenos a abrir novas ruas, alargar as mais antigas e ampliar as três praças, da Matriz, do Mercado e do Comércio”.

Trecho retirado do site: http://www.feiradesantana.ba.gov.br/memorialdafeira/






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